Publicado em: 28/11/2022
A Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel) estima que a tarifa de energia elétrica vai subir 5,6%,
em média, em 2023.
O dado foi
informado pela agência nesta quarta-feira (23) ao grupo de Minas e Energia do
governo de transição. Foi a primeira reunião entre os diretores da Aneel e a
equipe de transição do governo eleito.
O impacto, no entanto, vai variar conforme cada distribuidora de energia. Segundo as estimativas da Aneel:
- 7 distribuidoras devem ter reajuste superior a 10%
- 15 distribuidoras com reajuste entre 5% e 10%
- 17 distribuidoras devem ter reajuste entre 0% e 5%
- 13 distribuidoras devem ter reajuste inferior a 0%
A diferença de
percentuais se dá devido aos custos de compra, transmissão e distribuição de
energia, que variam conforme cada distribuidora, além de eventual crédito
tributário que a empresa possa ter direito. Os créditos tributários estão sendo
revertidos em favor do consumidor, atenuando os reajustes.
A Aneel destacou
que os percentuais de reajuste são estimativas, que podem mudar até a
homologação dos novos índices tarifários.
Os reajustes nas
tarifas de energia são feitos individualmente pra cada distribuidora.
Normalmente, é na data de aniversário do contrato de concessão.
A Aneel não
detalhou à equipe de transição os percentuais por tipos de consumidores:
conectados em alta tensão (grandes empresas e indústrias) e conectados em baixa
tensão (residenciais, rurais e pequenas empresas).
Histórico
Neste ano, o
reajuste da tarifa de energia para os consumidores residenciais está, em média,
em 10,83%, segundo os dados mais recentes da Aneel.
Os diretores da
Aneel também mostraram à equipe de transição que, nos últimos 12 anos, o
reajuste no país seguiu, em média, a variação do índice da inflação oficial –
medido pelo IPCA.
De acordo com a
agência, os percentuais entre as regiões têm sido desiguais, pesando mais para
os consumidores do Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Alta explicada,
principalmente, pelos custos de distribuição.